República do Pampa
Bandeira | |
Bandeira do movimento | |
Representação e localização da República dos Pampas em relação ao Brasil
| |
Lema | "Liberdade, Igualdade, Humanidade" |
Tipo | Organização Não Governamental Movimento independentista |
Fundação | 18 de fevereiro de 1990 (34 anos) |
Estado legal | Ativo |
Propósito | Emancipação política e administrativa do estado do Rio Grande do Sul. |
Sede | Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul. |
Membros | sem número oficial |
Línguas oficiais | português |
Filiação | sem filiação |
Presidente | Irton Marx |
Primeiro-Ministro | João Gabriel Martinazzo |
Fundador(a) | Irton Marx |
Área de influência | Região Sul do Brasil, Região geoeconômica Centro-Sul do Brasil |
Sítio oficial | pampalivre |
República do Pampa, República dos Pampas (ou Movimento pela Independência do Pampa) é um movimento separatista, não organizado e pacífico, com o objetivo de autodeterminação do estado do Rio Grande do Sul.[1] Foi iniciado pelo político e jornalista brasileiro Irton Marx,[2] em 18 de fevereiro de 1990.[3] Na época, a Polícia Federal brasileira apreendeu todo o material publicitário relacionado ao movimento,[4] que já contava com setecentas comissões em municípios na região sul do Brasil, tendo um livro e uma bandeira publicados.[3][5]
Precedentes e motivos
[editar | editar código-fonte]A ideia de se criar um estado independente no Rio Grande do Sul vem da época em que houve a Revolução Farroupilha, quando as províncias de São Pedro do Rio Grande do Sul e Santa Catarina formaram as repúblicas Rio-Grandense e Juliana, as quais nunca alcançaram emancipação legítima de fato. É importante ressaltar que os motivos que inspiraram a Revolução Farroupilha não foram os mesmos que inspiram o movimento da República dos Pampas. Marx assinala que o Tratado do Ponche Verde, que trouxe fim à Revolução Farroupilha, não teria extinguido a independência do Rio Grande do Sul, e evidência disso seria a bandeira do estado, que traz a inscrição "República Rio-Grandense". O idealizador do movimento se baseia ainda na autonomia, segundo ele de jure, do Rio Grande do Sul.[3]
O movimento da República dos Pampas se deve às diferenças (ou uma percepção coletiva delas) nos aspectos culturais e econômicos do Rio Grande do Sul em relação ao resto do Brasil, além de um suposto mal tratamento dado pela União ao estado gaúcho e à corrupção no governo federal brasileiro.[1][3][6]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Kraus Luvizotto, Caroline (2009). «O separatismo no Rio Grande do Sul» (PDF). Scielo Books - Editora Unesp. ISBN 978-85-7983-008-2. Consultado em 11 de novembro de 2018
- ↑ «Irton Marx (22609/PR)». noticias.uol.com.br. Políticos do Brasil - UOL Notícias. Agosto de 2010. Consultado em 11 de novembro de 2018
- ↑ a b c d Caramello, Érika Fernanda (Dezembro de 2004). O gaúcho e a fronteira no mundo virtual (Tese de Mestrado). 2. Porto Alegre: Intexto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. pp. 1–12
- ↑ «Justiça recolhe livros de líder separatista». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 3 de setembro de 1994. Consultado em 11 de novembro de 2018
- ↑ Brooke, James (1993). «Santa Cruz Journal; White Flight in Brazil? Secessionist Caldron Boils». The New York Times (em inglês). Consultado em 8 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 20 de julho de 2018
- ↑ «A República do Pampa; Jayme Copstein | Felipe Vieira». felipevieira.com.br. 27 de julho de 2016. Consultado em 11 de novembro de 2018